Ministério da Saúde investe R$ 80 milhões em pesquisas de Saúde Coletiva
O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Decit/SECTICS/MS) lançou Chamada Pública para o financiamento de estudos transdisciplinares em Saúde Coletiva, com o investimento global de R$ 80 milhões. As linhas de pesquisa abrangem atenção à saúde; equidade em saúde; gestão e políticas públicas; informação e saúde digital; tecnologia, incorporação e inovação em saúde; trabalho e educação em saúde; e vigilância em saúde e ambiente.
Desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Chamada será acompanhada pelo Decit/SECTICS/MS em pelo menos três fases, visando ao monitoramento e à avaliação dos projetos, para que os resultados tenham a maior potencialidade de implementação no Sistema Único de Saúde (SUS). Pesquisadores doutores podem submeter as propostas até o dia 29 de setembro de 2023.
O Decit/SECTICS/MS articulou as linhas de pesquisa da Chamada Pública com todas as Secretarias do Ministério da Saúde, em uma ação estratégica, com o intuito de direcionar os recursos disponíveis para investimento na pesquisa nacional para o SUS.
Acesse o edital da Chamada Pública de Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva: https://bit.ly/ChamadaSaudeColetiva
Conheça as linhas de pesquisa da Chamada Pública em Saúde Coletiva:
ATENÇÃO À SAUDE:
Estudos para avaliar a saúde bucal da população brasileira e as ações e os serviços da atenção à saúde bucal no âmbito do SUS.
Desenvolvimento de estudos para eliminação das Doenças de Determinação Social (DDS), especialmente tuberculose, dengue, leishmaniose, hanseníase, micoses endêmicas e as doenças determinadas socialmente com previsão de eliminação até 2030 (malária, esquistossomose, hepatites virais, geo-helmintíases, tracoma, oncocercose, filariose, transmissão vertical de Chagas, sífilis, hepatite B e HIV).
EQUIDADE EM SAÚDE:
Desenvolvimento de estudos sobre o impacto dos Determinantes Sociais em Saúde (DSS) no processo saúde-doença e no acesso à saúde da população brasileira, com particular atenção aos agravos e à morbimortalidade de populações em condição de vulnerabilidade e de estratégias de promoção da equidade em saúde.
GESTÃO E POLÍTICA PÚBLICA:
Modelos e algoritmos para apoiar o dimensionamento de profissionais e serviços de saúde na APS, considerando fatores como demanda, realidade local e diretrizes nacionais.
INFORMAÇÃO E SAÚDE DIGITAL:
Avaliação da qualidade dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) e do nível de informatização e capacidade de implementação dos SIS.
Tecnologias inovadoras: Inteligência Artificial e modelagens matemáticas para o desenvolvimento de metodologias inovadoras de modelagem matemática a partir de Inteligência Artificial para aplicação na área da saúde; e tecnologias de interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde e de segurança de dados.
Desenvolvimento e validação de metodologias para avaliação dos resultados do Programa Telessaúde Brasil, para aprimoramento e ampliação do uso de estratégias de saúde digital.
TECNOLOGIA, INCORPORAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE:
Avaliação da eficácia, efetividade, segurança e/ou estudos de estabilidade do uso de plantas medicinais e fitoterápicos, incluindo canabidiol.
Compreensão dos mecanismos da obesidade e das doenças associadas ao processo de envelhecimento voltados para a predição e prevenção das doenças crônicas e dos mecanismos da imunidade no idoso.
Desenvolvimento de novos mecanismos para diagnóstico, tratamento e intervenções para o manejo dos patógenos priorizados com maior probabilidade de causar futuras pandemias.
Desenvolvimento de novas tecnologias para a reabilitação de danos relacionados a AVC, infartos, neoplasias, feridas crônicas e causas externas.
TRABALHO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE:
Desenvolvimento de estudos relacionados à formação, à qualificação e ao aperfeiçoamento profissional dos participantes dos programas de provimento profissional para a Atenção Primária à Saúde (APS).
VIGILÂNCIA EM SAÚDE E AMBIENTE:
Avaliação das condições de saúde e qualidade de vida da população brasileira, considerando os ciclos de vida, o ambiente e outros fatores determinantes.
Desenvolvimento de estudos epidemiológicos e avaliação de estratégias de cuidado, tratamento e reabilitação das condições pós-covid-19.
Desenvolvimento e avaliação de estratégias de promoção do uso racional de antimicrobianos e psicotrópicos junto aos profissionais da saúde e à comunidade.
Participe e contribua com o seu projeto de pesquisa para o Sistema Único de Saúde. Saiba mais em: https://bit.ly/ChamadaSaudeColetiva